Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade - TDAH
- Psicanalista Michele Maia
- 1 de jul. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 22 de jul. de 2020

O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade é considerado um distúrbio de neurodesenvolvimento, que são condições neurológicas que aparecem precocemente na infância, geralmente antes da idade escolar, e comprometem o desenvolvimento do funcionamento pessoal, social, acadêmico e profissional.
O TDAH não tem uma causa única específica. Potenciais causas incluem fatores genéticos, bioquímicos e comportamentais, assim como consumo de álcool e drogas por parte dos pais do portador do transtorno.
De acordo com o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 5ª edição (DSM-5), TDAH afeta cerca de 8 a 11% das crianças em idade escolar. Entretanto, muitos especialistas acreditam que o TDAH é superdiagnosticado, em grande parte porque os critérios são aplicados de forma incorreta. Desta forma, muitas crianças consideradas bagunceiras e inquietas recebem erroneamente este diagnóstico.

Embora TDAH seja considerado um distúrbio infantil e sempre comece durante a infância, ele persiste durante a vida adulta em cerca de metade dos casos.
Os sintomas incluem:
Dificuldade de concentração
Dificuldade de concluir tarefas
Oscilações de humor
Impaciência
Impulsividade
Atividade motora constante
Dificuldade de organização
TDAH pode ser mais difícil de diagnosticar durante a vida adulta. Os sintomas podem ser semelhantes aos de transtornos do humor, transtornos de ansiedade, e transtornos por uso abusivo de substâncias. Para o correto diagnóstico, é necessário confirmar se durante a infância houve comportamento notadamente hiperativo e problemas com desatenção.
Durante a fase adulta, as principais dificuldades e prejuízos giram em torno de sintomas centrais:
A desatenção dificulta a manutenção do foco, permitindo que estímulos menos importantes desviem a sua atenção. Informações aleatórias do ambiente que o cercam fazem com que se distraia facilmente. Sua falta de atenção sistemática e constante pode fazer com que não consiga se manter nas tarefas que iniciou.
Impulsividade refere-se a ações precipitadas, pois não possui tempo suficiente para deliberação. Tendem a dar respostas antecipadas, ou abandonar situações e atividades sem pensar nas consequências. Com dificuldade na autorregulação e necessidade de gratificação imediata, tende a desistir de objetivos que demandem tempo e dedicação. Tem dificuldade de seguir instruções.
A hiperatividade envolve atividade motora excessiva, apresentando-se agitados, inquietos ou falantes. Podem iniciar várias atividades ao mesmo tempo, sem conseguir elencar as mais importantes, e acabam não conseguindo terminar nenhuma. Muitas vezes demonstram-se impacientes não conseguindo esperar, ou impondo sua presença. Também podem não conseguir concluir uma conversa, pois mudarão o assunto várias vezes.

O TDAH também pode revelar baixa tolerância para frustrações, discordâncias, temperamento teimoso, agressividade, habilidades sociais deficientes, dificuldade de relacionamentos, distúrbios do sono, ansiedade, disforia, depressão, temperamento indeciso.
Devemos lembrar que todos os transtornos podem se apresentar com sintomas em diferentes graus de comprometimento. Cada caso deve ser avaliado pelos profissionais adequados para um tratamento individual e efetivo. Existem psicofármacos exclusivos para tratar o TDAH, que devem ser receitados por um psiquiatra, que deverá acompanhar a evolução do paciente. A psicoterapia também é essencial para um tratamento completo.
Psicanalista Michele Maia
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